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Em 1879, cerca de cinco mil pessoas reuniram-se para solicitar a D. Pedro II a revogação de uma taxa de 20 réis, um vintém, sobre o transporte urbano. O vintém era a moeda de menor valor da época. A polícia não permitiu que a multidão se aproximasse do palácio. Ao grito de “Fora o vintém!”, os manifestantes espancaram condutores, esfaquearam mulas, viraram bondes e arrancaram trilhos. Um oficial ordenou fogo contra a multidão. As estatísticas de mortos e feridos são imprecisas. Muitos interesses se fundiram nessa revolta, de grandes e de políticos, de gente miúda e de simples cidadãos. Desmoralizado, o ministério caiu. Uma grande explosão social, detonada por um pobre vintém.

Disponível em: www.revistadehistória.com.br. Acesso em: 4 abr. 2014 (adaptado).

A leitura do trecho indica que a coibição violenta das manifestações representou uma tentativa de

  • A) capturar os ativistas radicais.
  • B) proteger o patrimônio privado.
  • C) salvaguardar o espaço público.
  • D) conservar o exercício do poder.
  • E) sustentar o regime democrático.

A alternativa correta é letra D) conservar o exercício do poder.

a) Incorreta. O texto, em momento algum aponta o interesse em capturar os ativistas radicais.

b) Incorreta. O patrimônio já sofrera, anteriormente, os ataques dos populares.

c) Incorreta. O espaço material não consistia o interesse dos repressores, que se viram surpresos pela situação citada.

d) Correta. As dimensões atingidas nesse processo de revolta popular terminaram por colocar em cheque o governo, uma vez que seus participantes deixaram de reconhecer suas medidas. Por esse motivo, o governo buscou reafirmar seu estatuto de poder ao fazer uso de ação repressora, estabelecida por meio da força.

e) Incorreta. O Brasil, em 1879, ainda seguia um sistema de governo monárquico com o Imperador D. Pedro II que, segundo a Constituição de 1824, agregava para si os poderes Executivo e Moderador.